Encontro discute uso da bacia do São Francisco

Notícia do Jornal da Tarde, em Salvador - 04 de agosto de 2006

Os encontros na Bahia foram no total de seis, divididos entre os meses de maio e junho, e tendo como sede os municípios de Paulo Afonso, Juazeiro, Caetité, Santa Maria da Vitória, Irecê e Barreiras. Em cada encontro, representantes dos diversos segmentos sociais, dos pescadores às grandes indústrias, podem se informar e opinar sobre o processo de constituição do comitê. A idéia é que o órgão represente efetivamente, de maneira democrática, o pensamento de todas as pessoas e segmentos interessados no bom gerenciamento da Bacia do São Francisco.

Concluído o calendário de encontros regionais – que vem sendo realizado simultaneamente em mais quatro Estados (Pernambuco, Alagoas, Minas Gerais e Sergipe) – o programa de mobilização para a formação do comitê chega à etapa das plenárias estaduais. Na Bahia, ela está prevista para início de julho e deverá envolver usuários da bacia, representantes da sociedade civil e do poder público, que elegerão os delegados baianos para as plenárias finais, previstas para agosto, quando serão escolhidos os integrantes do comitê nacional.

Com atribuições normativas, deliberativas e consultivas, o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco foi instituído oficialmente pela Presidência da República, em decreto de 5 de junho de 2001. A partir daí, iniciou-se o processo de mobilização popular para efetivação do comitê, que vem sendo conduzido em todos os Estados envolvidos pelo Instituto Manoel Novaes (Iman), sediado em Salvador. Seu diretor-executivo, José Theodomiro de Araújo, destaca a importância dessas discussões prévias considerando, sobretudo, a contribuição dada pelo São Francisco ao País e, especialmente, à região nordestina.

“O Rio São Francisco abastece nove Estados do Nordeste, é navegável em 1371 quilômetros, gera energia da ordem de 9 mil MW. Além de tudo, o rio é fundamental pela ligação que promove entre dois ecossistemas importantes do País: o cerrado e o semi-árido. O envolvimento de toda a sociedade é básico para que o rio seja bem utilizado, preservado, e possa colaborar ainda mais com a vida dos 504 municípios situados em sua bacia”, finaliza Araújo.

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