www.cbhsaofrancisco.org.br - 23 de agosto de 2006

Alexandre L. Godinho

Para recuperar a cobertura vegetal ao longo do rio, parceiros buscam apoio e conscientização da população ribeirinha e de produtores rurais para plantar árvores nas nascentes do rio até a região de Três Marias.

O desafio de recuperar 450 quilômetros de mata ciliar do Rio São Francisco, em áreas de preservação permanente e de reserva legal, no trecho de sua nascente no Parque Nacional da Serra da Canastra até Três Marias, foi lançado em São Roque de Minas(MG). O Projeto SOS São Francisco vai abranger 17 municípios mineiros.

O Código Florestal brasileiro existe desde 1934, foi revisado em 1965, mas nem sempre é respeitado. A idéia do projeto é dar início nos municípios de Iguatama e Bambuí, com a orientação a pequenos produtores rurais e proprietários das áreas. O objetivo é restauras as APPs: as margens de rios, os topos de morro, restingas, manguezais e outras áreas de importância ambiental, que devem ser preservadas para manter o hábitat de animais, peixes e plantas.

A Fundação de Alimentação e Agricultura da Organização das Nações Unidas (FAO/ONU) liberou R$ 220 mil para Minas Gerais para a execução do projeto, previsto para durar três anos. A verba será investida em atividades de educação ambiental, construção de viveiros de mudas vegetais e para financiar uma equipe itinerante, que vai fazer o levantamento dos produtores rurais dos 17 municípios. Uma das propostas é identificar cada uma das propriedades e detalhar suas características.O SOS São Francisco foi desenvolvido pela Coordenadoria das Promotorias de Justiça da Bacia do Rio São Francisco, do Ministério Público Estadual, em parceria com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG), Polícia Militar de Meio Ambiente, Instituto Estadual de Florestas (IEF), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Universidade Federal de Lavras e Fundação Educacional de Divinópolis.