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Pesca no alto-médio São Francisco sob enfoque da Ecologia Humana
Este estudo têm sido realizado desde de 1999, através de visitas trimestrais, de 15 dias de duração em média, junto aos pescadores das cidades de Januária, Pirapora, Buritizeiro, São Gonçalo do Abaeté e Três Marias, no estado de Minas Gerais. Este foi proposto para dar continuidade ao projeto de estudo em “Etnoecologia e Produção pesqueira da represa de Três Marias”, que resultou na dissertação de mestrado apresentada pela referida doutoranda ao Programa de Pós Graduação em Ecologia e Recursos Naturais da Universidade Federal de São Carlos. A abordagem destes estudos com estas populações de pescadores artesanais, se preocupa em conhecer como a natureza é vista por estes grupos, através de uma rede de crenças, conhecimentos e sabedorias e em saber como o homem tem manejado e se apropriado de recursos naturais. Formas alternativas, ecologicamente apropriadas para o uso e manejo dos recursos naturais, podem ser geradas de uma estreita interação e diálogo entre pesquisadores e grupos humanos estudados. Via de regra, o etnomanejo parece ser bastante eficiente pois inclui vantagens como a efetividade, porque a população local tem grande conhecimento dos recursos naturais; e equidade, uma vez que são coletivamente motivadas a proteger os recursos de sobre-exploração.
Nesta pesquisa, as proposições centrais visam determinar
a produção pesqueira e descrever e interpretar as estratégias
de pesca, de comunidades de pescadores de represa (Três Marias)
e de rio (trecho alto-médio do rio São Francisco), utilizando
os conceitos de territorialidade e as predições da teoria
do forrageamento ótimo como ferramentas teóricas que
dão suporte ao estudo. Para adicionar informações
que auxiliem na avaliação ecológica das atividades
de pesca, utilizamos a abordagem etnoecológica, tratando-se
especificamente de levantamentos sobre a compreensão dos pescadores
com respeito a aspectos da estrutura e funcionamento do seu ambiente
de pesca e acerca de nuances da biologia, ecologia e comportamento
dos peixes pescados.
Para saber mais
Contrubuição de Ana G. Thé. Publicado em 30 de outubro de 2001 |
