A escada experimental para peixes do rio Paraopeba

Carlos B. M. Alves  
 

Escada para peixes no Paraopeba entre Juatuba e Betim

 

 

Um dos principais tributários do alto rio São Francisco, o rio Paraopeba nasce no município de Cristiano Otoni e deságua na represa de Três Marias depois de percorrer centenas de km. No município de Juatuba, em seu médio curso, há uma barreira artificial para a migração reprodutiva dos peixes: a barragem da Usina Térmica de Igarapé. Em 1994, foi construída a Escada Experimental para Peixes do Rio Paraopeba para possibilitar os peixes galgarem a barragem. Estudos iniciados antes da construção da escada e que ainda estão em andamento, com coletas de peixes em dez pontos ao longo do rio, revelaram a presença de pelo menos 86 espécies de peixes, das quais 9 encontram-se no rol das espécies presumivelmente ameaçadas de Minas Gerais.

  Mapa da bacia do rio Paraopeba
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  Adaptado de Alves A. Vono (1997)

A etapa de monitoramento, iniciada logo após a conclusão da escada revelou o aumento das capturas a montante da barragem, principalmente de mandis (Pimelodus maculatus) e curimatás-pioa (Prochilodus affinis), indícios fortes da eficiência da mesma. Com a utilização da técnica de marcação e recaptura, ficou constatada a passagem de peixes pela escada, em especial as curimatás-pioa.

 

 

Para saber mais

  • Alves, C.B.M. & Vono, V. O caminho da sobrevivência para os peixes no rio Paraopeba. Ciência Hoje, 21(126):14-16, 1997. 

 


Contribuição de Carlos B. M. Alves

Publicado em  30 de outubro de 2001

Atualizado em 28 de setembro de 2006

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