Bagres

Famílias Pimelodidae, Auchenipteridae e Doradidae

Existe uma grande diversidade de espécies dentro do que é popularmente reconhecido como bagres. Como características comuns às espécies podemos citar a ausência de escamas e a presença de espinho tanto na nadadeira dorsal como nas peitorais. São peixes que vivem geralmente próximo ao fundo de rios e lagos. Apresentam grandes “bigodes” (“barbilhões”) junto da boca, através do qual se orientam, sempre “tateando” o fundo, geralmente se alimentando mais à noite.

Grosseiramente podemos diferenciar a família Pimelodidae da Auchenipteridae pela abertura das brânquias que é bem maior na primeira família, em relação à segunda. Além disso, em Auchenipteridae os machos podem apresentar um raio modificado na nadadeira anal que é usado na fecundação interna. A família Doradidae é facilmente diferenciada das duas últimas pela existência de uma série de placas no lado do corpo. Vejamos agora alguns exemplos relativos a alimentação:

Dentre os bagres, os mandis da família Pimelodidae (Ex: mandi-amarelo - Pimelodus maculatus e mandi-branco - Pimelodus fur) são dos mais comumente encontrados em ambientes de água doce. São espécies de pequeno a médio porte que apresentam dieta omnívora, na qual podemos destacar a grande incidência de insetos (principalmente larvas) e moluscos. Frutos, sementes, peixes e organismos planctônicos também podem fazer parte da sua alimentação.

O cangati ou vovô (Parauchenipterus galeatus - Família Auchenipteridae) e o serrudo (Franciscodoras marmoratus - Família Doradidae) também são omnívoros, apresentando alimentação semelhante à dos mandis.

O surubim (Pseudoplatystoma coruscans) é um peixe de grande porte que é mais encontrado no leito de grandes rios. Alimenta-se principalmente de peixes.

O pacamã (Lophiosilurus alexandri) é um peixe de formato achatado, endêmico da bacia do rio São Francisco. Se alimenta basicamente de peixes. Seu formato característico do corpo lhe permite viver camuflado à espreita, próximo ao fundo, o que torna a sua presença de difícil detecção por parte de suas presas que ele captura em botes certeiros.

O pirá (Conorhynchos conirostris) é uma espécie de grande porte, de importante valor comercial que habita principalmente a calha central dos grandes rios. Seu focinho alongado lhe permite capturar com eficiência os invertebrados (principalmente moluscos e crustáceos) que vivem junto ao fundo ou enterrados no substrato.